Corporificando o Texto

Um texto surge a partir de uma frase.
A frase, por sua vez, surge na minha cabeça como uma dúzia de palavras que se auto-combinam ,sem aviso, e de repente ficam apitando lá dentro... Ficam chamando minha atenção para a clara constatação de que tem um texto a caminho.
Algumas raras vezes a frase, é só uma frase. Mas na maior parte dos casos elas se desenvolvem por algumas linhas, tomando corpo e significado.
Existem textos que desde da frase-origem estão fadados a serem somente rascunhos.... Nunca serão publicados, ou ouvidos. Somente eu os sei.
Outros textos, todavia, alcançam o brilhantismo e as vezes são até copiados.
Para escrevê-los não se pode querê-los. Eles chegam até você se for necessário e cabível. Lembro que uma vez eu estava deitado num semi-sono preguiçoso assistindo televisão. Ai de repente veio a frase... Fácil, simples, clara e louca pra virar texto.
A frase era: "Queria falar da efêmeridade da vida"
A partir dela criei "Tic-tac do Eixo Z", um texto que adoro.
Em algumas ocasiões escrevo mais de um texto num só. Isso acontece porque meu pensamento divaga muito longe as vezes e assume vertentes diferentes das primeiras. Mas isso não é ruim. Só é selecionar, copiar, colar e deixar guardado a parte que não se encaixa com o objetivo inicial.
Ali já tenho um texto quase pronto, que irei publicar ou não.
Eu particularmente adoro quando a frase-origem corresponde a uma narrativa. A história começa a se desenvolver inteira na minha cabeça mas raríssimas vezes elas vêm ao papel. O meu problema é que sou incapaz de despender mais do que uma ou duas horas num mesmo texto. Sou incapaz porque textos de diferentes latitudes e cores pipocam dentro mim toda hora querendo ser significados, ser corpóreos. Já tentei algumas vezes escrever um livro mas nunca passo do primeiro capítulo porque surge um capítulo absolutamente diferente que deseja ser escrito. Acabo desistindo de longas narrativas.
Os poemas também vêm em forma de frase-origem. Eu identifico logo que é um poema porque não é só a frase que chega... Todos os versos me acometem de uma vez, nem que seja só os da primeira estrofe. Eles sempre vêm em montes, como se não pudessem existir sozinhos.
Quase nunca rimo. Sou incomum demais para me conformar com rimas e sons previsíveis. Eu não quero que a pessoa que lê os versos consiga adivinhar a palavra que vem a seguir por causa da rima, ou que consiga encontrar padrões nas minhas estrofes.
Por isso que eu não tenho métrica, ritmo ou rimas.
Mas uma coisa é certa... Eu não posso deixar as palavras se auto-combinarem como fazem na frase-origem. As vezes elas se combinam de um jeito convencional demais, ou louco demais e eu preciso reformular tudo. Além é claro do fato que as palavras podem sim formar frases, mas elas só viram texto através da minha forma de organizá-las.
Acreditem, é fundamental ter o controle sobre as enxurradas de palavras que me chegam. Caso contrário elas poderão formar textos dadaístas ou o testemunho de um esquizofrênico.
A única coisa chata é que se você me pedir agora pra escrever um texto sobre o que quer que seja, não serei imediato. Dependendo do humor das palavras elas podem demorar até alguns dias para darem as mãos umas as outras e consituirem sentenças. Mas se eu pedir com jeito, relaxar e meditar sem pressão, elas acabam cedendo e descem daqui de cima até os meus dedos.
É engraçado, que as vezes elas chegam em outro idioma! Aterrisam direto da américa do norte, falando enrolado. Isso é ruim porque eu não sei escrever assim tão bem em inglês, mas as palavras estão lá e se eu não despacha-las, é um problema.
Na verdade, é um problema quando o texto está aqui e eu estou impossibilitado de escrever. Fico como uma represa sustentando mais água do que é capaz. Começo a andar de um lado pra outro, a máquina de escrever na minha cabeça digitando letras e mais letras, os dedos formigam, as unhas são roídas. Depois começa o medo de esquecer tudo e é uma tragédia.
Por isso que tenho sempre um lápis e um pedaço de papel nem que seja para escrever a frase-origem e as palavras-chave.
Ah!
E existem casos em que elas simplesmente se recusam a parar de trabalhar. Continuam descendo, descendo, combinando-se sem parar. Aí eu percebo, meio chateado as vezes, que elas (as palavras) não vão me oferecer nada que constitua um fim.
Nessas horas eu tenho que assumir o controle e ser drástico ao colocar um ponto, do nada e no meio de tudo.
Um ponto, como este.

Academia do Corpo

Fui pra academia ontem. É um lugar com muita testosterona realmente hauhauhauha
Um bando de homens vestindo abadás e empertigados como uma galinha pronta pra voar.
Um monte de homem se matando por um corpo ideal...
Num vou dá uma de intelectual dizendo aquelas coisas como: muitas pessoas sofrem para alcançar um corpo que é na verdade o esteriótipo disseminado por um determinado grupo de pessoas que nos fazem acreditar que aquele é o corpo que se deve ter e não aquele que somos.
Porque tudo que eu disser irá parecer (e na verdade é) uma defesa da minha personalidade que critica aquilo que não pode ser/compreender/aceitar.
Mas o que eu quero mesmo é ter o corpo que as pessoas acham bonito, independentemente se elas o acham porque foram induzidas a achar.
O que eu acho é que grande parte das mulheres com quem converso me dizem que não vão usar aquela cintura alta nem mortas.
O que isso quer dizer?
Ainda que a mídia em sua generalidade imponha determinados conceitos, as pessoas têm o poder de escolher se querem ou não aceitar aquilo que lhes é imposto.
O problema é este: você não pode escolher sozinho.
Essa escolha precisa ser um consenso coletivo.
(e pensando bem, o consenso coletivo é um aspecto que também pode ser manipulado, mas vou deixar isso pra depois pra não me desviar do foco)
Então se o consenso coletivo escolheu e aderiu ao corpo de músculos definidos, então que seja.
Músculos definidos será.
Quem sou eu pra dizer o contrário?
Aliás, essa pergunta é sem sentido. Eu sou muita coisa pra dizer o contrário.
Mas não quero.
Se eu vivo num mundo que é diferente do meu, ou me adapto a ele ou me rebelo. E como rebeldes são vistos como inimigos e hostis porque afrontam o estado de normalidade entorpecente na qual vivem acomodadamente toda uma maioria, vou me adaptar.
É errado isso.
Mas eu preciso, eu quero me adaptar.
Por diversas razões que não justificam nada, mas explicam.
O fato é este.
Está chovendo, tô meio com sono mas eu vou pra academia.
Academia!
Como eu nunca pensei nisso?
Existem academias que trabalham a mente (universidades são lugares acadêmicos) e academias que trabalham o corpo né!
Perai, vou ver ali no google...
[...]
hmm...
A palavra na verdade é uma derivação do nome do lugar escolhido por Platão para ensinar, a "Escola do Jardim de Academo" próximo a Atenas.
Como é então que um lugar que as pessoas reverenciam o corpo e não a mente, é chamado de academia?
Um caso a se pensar.
A se pesquisar.
Mas pensando de um outro jeito. Academias são lugares que nos torna "belos" não é?
Como os deuses gregos!
Ora, então não é tão sem sentido dizer que ali é uma academia afinal hahhaahaha
Se o Jardim Academo era na Grécia e frequentado por belos atenienses, então não deve ser uma coincidência o fato de que o nome da minha academia é "Kronos". Um nome grego para um lugar de origem grega!
Um lugar de função muito deturpada em relação ao original é verdade... Mas não deixa de ser uma grande constatação hahaha
Ainda mais quando o nome remete ao Deus grego do tempo.
Mas isso é uma outra analogia que não estou nem um pouco empolgado em desenvolver.
Então...
Quem não quer ser um Apolo?
Vamos à academia! E quem se importa se é grega ou não!
O que importa é o corpo sarado não é?
Pois sim.
Que ilusão...

Buscando...


equilíbrio.

Por lá... mas aqui


As vezes eu acho que as coisas estão acontecendo sem mim.
É um pensamento muito ruim imaginar que o mundo não sabe que eu existo e que eu posso passar minha vida inteira em completo anonimato.
É tão estranho imaginar que eu nunca vou conhecer aquele cara que nesse exato momento recebeu pelo telefone a notícia que foi promovido, ou então a mulher dele andando apressada para encontrar-se com seu próximo caso extra-conjugal. Ou até mesmo o filho adolescente fumando escondido no quintal da casa.
É tão estranho que exista tantas pessoas no mundo que, queira ou não, compartilham a mesma espécie de sofrimento e alegria, mas que nunca vão se conhecer ou compartilhar experiências.
É como habitar uma mesma casa com alguém que você nem fala ou sabe quem é. Ele está ali sempre, falando ao telefone, tomando banho, vivendo uma vida que, no entanto, não se cruza com a sua... ainda que estejam na mesmo lugar.
O que me mata é que eu sei que existe tantas pessoas incríveis por ai, mas eu estou aqui recluso por uma ou duas rodovias que delimitam onde meu mundo começa e termina.
Já assistiram "Diário de uma Motocicleta"?
Dá vontade de sair por ai mesmo numa motocicleta as vezes. Mas não tenho coragem...
Acho que tudo isso é simplesmente o puro desejo de conhecer uma única pessoa que está lá, perdida nesse mundo de gente. Acho, quase com certeza, que esse sentimento seria saciado se viesse a luz do meu conhecimento, apenas uma, somente uma pessoa que é na verdade aquilo que eu procuro dentre os rostos desconhecidos desse planeta.
Mas ainda assim...
Acho que essas coisas que digo agora, são somente o efeito do clima frio e do céu nublado. Apesar que deve existir um motivo muito concreto pra eu mudar junto com o clima... Sei lá. Só sei que dias frios são cinzas demais!
Queria estar num lugar amplo agora. Algo como uma galeria, um corredor.
O corredor do Louvre talvez...
Ah sim, o Louvre.
Ala Denon. Piso de madeira, paredes claras e alguns séculos de história viva nos rostos a base de têmpera. Ah sim, queria estar lá...
Não por Monalisa. Nem por Da Vinci.
Mas por mim.


Porque é pra lá que eu vou sempre que divago nos dias frios. Não sei porque ou como...
Acho que me fascina o fato de aqueles quadros foram pintados há séculos atrás e ainda permanecem impregnados de vida, de mistério e de um confuso silêncio sepulcral.
Quando eu estou lá (em pensamento) é como se houvesse algum segredo muito denso pairando imperceptivel. Como se todos tivessem parado de falar no exato momento em que cheguei.
Mas isso é apenas coisas sem sentido da minha cabeça.
Existe toda uma vida real por ai.
Real.
E o real, bem... não tem piso de madeira, paredes claras e séculos de história.
Tem somente um chão de asfalto, muros descascados e poucos anos de vida.
Acho que preciso urgentemente de uma longa viagem para latitudes longínquas...

Impulsos Elétricos Transformados

Dizem que a partir dos 25, a influencia que prevalece é a do signo ascendente.
Minha vida vai mudar a partir dos 19.
Daqui pra lá são seis anos.
Eu tinha seis quando aprendi a ler e escrever.
Meu vocabulário aumentou astronomicamente em 13 anos.
Em 13 anos fui e senti muita e muita coisa, mas vivi pouco.
Tenho 19 anos de loucura, equilíbrio e ilusão.
Gosto de tigres, mas prefiro as zebras.
Gosto de verde sem listras e pastel
Tive um shampoo que era duende e um sonho que não aconteceu.
Na lua enxergo o dragão mas nunca são jorge
Gosto de cenoura porque gosto de morder
Mordi demais minha vida toda, seres humanos mordem muito...
Nunca pensei "agora eu vou morrer", mas quase cheguei lá quando subi alto demais em uma árvore uma vez.
Árvore é uma brilhante analogia algumas vezes.
"Alecrim que nasceu no mato de campim dourado sem ser semeaaado..." Lembram dessa música?
Alecrim! xD
Acho muito inquietante saber que entre um e dois existe o infinito
Qual a metade do infinito?
Não é belo uma coisa ser indivizivel pelo fato de que somente existe se for em unidade?
Homogeneidade e unidade são difíceis
Aposto que se quatro não fosse dois mais dois, seria uma cadeira de cabeça pra baixo.
Vale lembrar que não existe pinguins no polo norte, só no polo sul. No norte, é onde vivem os ursos polares.
Aliás os ursos polares são os mais inteligentes dos ursos.
Nunca vi um urso. Você já?
É inconcebível que eu possa viver 100 anos e não conhecer o mundo todo.
Tô em dúvida se eu ligo a guitarra de madonna num mega amplificador ou numa girafa alta-falante.
Deve ser lindo um floco de neve.
Poderia escrever assim aleatoriamente por muito tempo.
Mas...
Ponto final.

Procura-se Desesperadamente

É uma pena que o mundo seja tão grande e eu tão insignificante. Mas levando em conta que este blog pode ser acessado por qualquer pessoa em qualquer lugar da face desse planeta, discorro agora um anúncio para alguém que igualmente, esteja procurando aquilo que é a coisa mais brega, sem sentido e irreal que existe: um amor pra toda a vida.


Procuro deseperadamente alguém que esteja disposto a viver numa casa de vidro perto do mar. Que saiba encontrar a ursa maior no céu a noite e consiga esvaziar minha mente sempre tão lotada de tudo.
Quero alguém que não se importe em ter uma planta carnívora na cabeceira da cama e que acredite quando eu digo que as coisas que estão acontecendo acontecem por causa da proximidade da era de aquário.
Preciso de alguém que passe protetor em mim toda vez que eu sair do mar e que saiba dormir com o mesmo lençol na mesma cama. Alguém cujo meio de locomoção seja um jetpack com espaço para passageiro e que trabalhe numa empresa cujo objetivo é desenvolver felicidade em pó. [E que assim, traga muitas amostras grátis para casa]
Preciso de alguém que esteja olhando e sorrindo pra mim no momento em que abro meus olhos de manhã. Que me irrite ao dizer que os lençois brancos, mais do que os azuis, combinam com a decoração do quarto. Que derrube o vaso de flores ao passar desajeitado pelo corredor. Que saia de casa, mas que volte cinco minutos depois ao perceber que esqueceu a chave.
Necessito de alguém que me olhe nos olhos e diga que odeia muito o fato de que me ama perdidamente. Alguém que desapareça por um dia ou dois e que quando finalmente chega, eu consiga acreditar com todo meu ser em tudo que ele diz. Alguém em quem eu confie.
Quero tanto alguém que eu conheça por completo mas que continua a me surpreender sempre... Que não deixe claro que irá passar o resto da vida comigo, mas que naquele momento só quer estar na minha presença. Alguém que não faça melodramas e que quando perguntado se me ama, responda apenas: "Claro que sim, que pergunta..."
Procuro alguém que dance comigo. Alguém que saiba respeitar minha individualidade e que enalteça o companheirismo. Que me faça raiva as vezes pra que fique sem dirigir-lhe a palavra por um dia inteiro. Alguém que não saiba dar nó no tênis mas que consegue dar um salto triplo escarpado.
Procura-se desesperadamente alguém que seja tudo isso ou não.
Procuro desesperadamente, e pode ser somente assim, alguém que me ame e que eu possa amar também.

Aguardo resposta.

P.S: a mensagem será igualmente enviada em garrafas de vidro dispersas pelo oceano atlântico às onze e meia de um dia qualquer.

Divagações sobre qualquer coisa sem importância

Merda, eu queria escrever muitas coisas aqui... Mas tudo que eu penso acaba parecendo insensato e eu tenho medo que seja mal interpretado.
E realmente eu não consegui ficar longe do meu lindo "age of aquario" hehehe
Aqui eu descarrego tudo.
É bom, mas é um problema também.
E ia ficar sem graça se só eu pudesse ver...
Então... vai assim mesmo né.

Hoje eu desenhei!
"I could taste like Vanilla" hauhauhauha

Num sei porque essa palavra tá me perseguindo agora
vanilla, vanilla, vanilla
vanilla!

Baunilha...
Céu de Baunilha...
Vanilla Sky!
Amei esse filme, é incrível.
Eh confuso, que nem eu hauhauhua

O que vocês interpretam daquele final? Será que ele acordou mesmo anos depois? Ou ele tava acordando naquela mesma rua depois de um sonho muito louco num porre daqueles?
Acho que o "Open your eyes" serviu pra fazer essa confusão né.
Fiquei muito irritado quando vi esse filme no cinema, querendo saber o que tinha acontecido realmente.
Mas a graça desses filmes é justamente a dúvida, pq ai cada um acaba criando seu prórprio final. Não interessa se ele é o certo ou não.
Aliás, o que é o certo não é mesmo?
Tudo nessa vida é uma questão de perspectiva.
Ou, fisicamente falando, tudo depende do referencial.
hehe

Faz tempo que eu tô com essa idéia na cabeça de escrever um livro pra crianças.
Acho que eu tenho pelo menos duas histórias quase prontas:

"Nós três e o cão"
e
"O pé de acerola azul"

hehehehe
mas enfim...
Adoro esse vento que sopra na época do verão.

Acho que eu to viciado nesse computador.
Mas ainda não como nele hauhauhauha
Bom, mas é isso aí.
Só pra voltar ao comando do blog.
:D

Comunicado

leitores deste blog,

Acho que já foi o suficiente né? Chega de de saber o que eu penso.
Então, por enquanto...
Até breve!

De borboleta a largatixa


aiai...
agora estou devidamente renascido.
Num dizem que as vezes algumas pessoas só mudam se nascerem de novo?
então.
Tô até sentindo um vento diferente em mim.
sorte a minha que ainda tem um verão inteiro pela frente e muitas paredes também!
mas agora só levo sol com protetor.
:D


06 - Britney Spears

Astro-rei


Foi tanta luz e brilho que me queimei por inteiro... cada metro quadrado da minha pele, cada metro cúbico do meu sangue, cada infinito sem diâmetro da minha alma.
Agora estou aqui, estático e extasiado...
ardendo de todas as formas dos pés a cabeça.
Aqui, perguntando-me quantas horas dura a noite e quanto tempo o dia é dia.
Querendo tanto pisar na superfície daquele sol, mesmo quando sei que tocar nele é imprudente e letal.
Mas não adianta... Não consigo esquecer porque ele simplesmente está lá em cima brilhando toda hora. Mudo, mas tão cheio de significado.
É uma luz que corrompe minhas verdades, desvenda os labirintos das minhas defesas, e atiça quem esteve adormecido por muito tempo.
Ai...Luz que preenche e esvazia o escuro.
Quero que me rasgue inteiro e me deixe em carne viva porque só assim serei capaz de mostrar ao mundo o que se esconde no revés do meu ser.
Ele é o Sol, o astro-rei e o senhor de tudo.
Ilumina-me, queima-me, dilacera-me, reduz-me a pó.
Para que assim no líquido quente que explode dentro de ti, Sol dos humanos, possa renascer e reconstrui-me pleno.
Pleno de luz.

Dizem que os apaixonados são pré-loucos. (Parte 2)

Los Hermanos - Retrato Pra Iaiá
Marcelo Camelo; Rodrigo Amarante

Iaiá, se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade
Pois é que assim um dia eu me atirei
e fui te encontrar
pra ver que eu me enganei...

Depois de ter vivido o óbvio utópico,
te beijar, e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural...
Eu fui pra aí te ver, te dizer:

Deixa ser, como será!
Quando a gente se encontrar
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar...
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar...

De perto eu não quis ver
que toda a anunciação era vã
Fui saber tão longe,
mesmo você viu antes de mim
que eu te olhando via uma outra mulher
E agora o que sobrou?
- Um filme no close pro fim

Num retrato-falado eu fichado,
exposto em diagnóstico
Especialistas analisam e sentenciam:

Deixa ser como será!
Tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser, como será!
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê

Dizem que os apaixonados são pré-loucos. (Parte 1)

Não dá pra fingir e dizer que nada de tão importante está acontecendo. Se pudesse conseguiria controlar meus passos quando fico andando do quarto pra sala com o olhar vago, pensando sempre a mesma coisa. Se eu pudesse não me deixaria escorregar pela parede até alcançar o chão achando que alguma coisa dentro de mim vai explodir se não for saciada. Saberia mentir como sempre fiz...
Tenho vontade de arrancar o cabelo da cabeça como se pudesse te arrancar também. Não sei me concentrar e meu traço virou curva há muitos dias.
Durmo desse jeito, acordo assim.
Pra conseguir dormir... só quando estou anestesiado é que consigo entorpecer meus sentimentos.
O relógio... o tempo, estão todos dilatados mudando de minuto a cada hora.
Ai eu olho pela janela imagino como você está, o que está fazendo ou simplesmente qual a cor da tua camisa.
Imagino se a tua janela também está aberta...E acho que se eu pensasse muito forte, conseguiria entrar por ela. Penso se o vento está vindo tocar tua pele, vindo desajeitar teu cabelo leve.
Eu olho as fotos, tento te tirar de lá, encontrar uma centelha de vida nos teus olhos... Tento ler tua expressão, entender teus gestos.
Conto os sinais do teu rosto num tentativa desesperada de...
Depois eu não consigo mais parar de te olhar
Começo a abominar o fato de que The Blower's Daughter começa a tocar na minha cabeça. E é tão difícil fazê-la parar...
Me deito no sofá e sou atingido por tempestades de pensamentos e de situações que nunca aconteceram, como se minha mente quisesse de toda forma que elas acontecessem... ainda que somente dentro da minha cabeça.
Sinto as vezes como se estivesse sendo caçado por esse sentimento agressivo e drástico... Ele insiste em me agarrar e me pôr no chão.
nada faz efeito ou tem qualquer impacto se não você. Não existe possibilidade de concentrar-me se não no sagrado pensamento de te imaginar.
Porque é você que povoa minha mente na maior parte do dia
Quem dispara meu coração e me congela
Deve ser você a razão de minha mão estar tremendo
A razão de eu não saber pra onde estou indo e de nem escutar o que os outros estão dizendo...
Deve ser você a garantia de que meu dia não será somente o depois de ontem e o antes de amanhã
É nas asas dos meus pensamentos (que é você) nas quais me agarro e pulo lá de cima... voando para a fronteira que separa o céu do mar, onde existe um azul que ninguém nunca viu
Queria estar de verdade lá em cima com você, só em silêncio. Entrelançado minha essência com o cerne da tua existência, numa reação química estranha e bela que não emite cor ne luz... só vida, amor.
Ai o azul começa a desbotar teus olhos desfalecem, e eu estou me olhando no espelho novamente com a cara de "saí e não sei quando volto"
É você a razão de tudo isso que me acontece
A razão de existir agora um mundo inteiro dentro de mim, completamente diferente do aqui fora.
Deve ser você
Só pode ser você
É você
a razão de eu estar...
(ora, vejam só...)

apaixonado.

Primeiras horas do dia primeiro



Dizem que pra ter sorte no novo ano deve-se plantar alecrim no quintal, equilibrar-se sobre o pé direito ou jogar arroz por sobre as costas.
Esse ano acho que substitui o alecrim por mastruz (com leite), não tenho certeza se entrei com o pé direito (na verdade eu tenho, mas vou deixar assim pra dar mais efeito ao texto hehe) e nem joguei arroz nenhum.
Uma coisa é certa, minha calça não caiu nenhuma vez na noite de ontem, aliás na madrugada de hoje! Isso é um grande feito vamos admitir, porque é difícil encontrar calças 36 que tenham quase o tamanho de 34 hehehe. Na hora que eu coloquei ela senti algo como "um breve vento morno e algumas fagulhas brilhantes" saindo da calça no momento em que vesti. Isso quer dizer que ela me escolheu, claro.
Mas não estamos falando sobre calças estamos?
Bom, ano novo.
Ah, sim... Certamente houve o tradicional show pirotécnico. Oito minutos.
Deu pra sentir o frio na barriga e o nó na garganta. Uma pequena vontade de ser tragado pelas luzes ofuscante que por vezes pareciam nos atingir. Coisa normal para pessoas com tendencias a... hum, tristeza, digamos assim ;)
Pensei em minha mãe obviamente e nem pude deixar de imaginá-la pintando a lua de branco =~~
Mas, passou como sempre passa.
uva passa e ferro também né?
então.
Ai depois tive tudo pra transformar minha primeira madrugada do ano em uma bagaceira completa com direito a (mais uma vez) uma leve (pesada) soneca no meio fio. Mas não...
Nesse ponto devo pedir perdão a meus comapanheiros da noite se estive insuportavelmente chato.
É que finalmente estive consciente das coisas.
Sabe quando Neo, em Matrix, começa a enxergar o mundo todo na forma de números e códigos?
Pois então. Foi o que aconteceu.
Por mais que quisesse me embriagar e esquecer de tudo senti-me como no nível elevado de compreensão do mecanismo das coisas e dei inevitavelmente uma importancia menor a tudo que estava acontecendo ali.
Mas paremos por aqui. Não quero que vocês vislumbrem o fundo deste poço de qualquer coisa que sou. :D
Vamos permanecer na minha superficie.

Bom, ontem foi também um show de banhos de whisky com guaraná. Minha meia meio ensopada, Amanda muito ensopada (kkkkk) e lindinha com o pé muito lascado hehehe.
Rafael finalmente mostrou a genética forte para a bebida e Leticia... bem, ela estava ocupada com assuntos mais urgentes hauauahuauh
Ai mastruz começou a tocar as músicas antigas, as únicas que sei a letra. Foi a hora que deu pra esquecer mais as minhocas andando dentro do meu cérebro, e descontrair um pouquinho. Mas ai lindinha me olhava com a cara de desaprovação, talvez inconsciente, ou então vinha juntar-se a mim no passo que é só nosso.
Muitas idas e vindas para e do banheiro com as meninas. Meu corpo, graças a Deus, trava quando estou fora de casa hahahahha
Comi mais salgadinhos do que todos, até parece que eu não como em casa (como lynda? hehehe)
Ai chegou a hora em que todos já estavam cansados, bebados e com sono (eu cansado e com sono apenas :P). E por volta da hora em que os passarinhos pontualmente começam a cantar (reflexão sobre passarinhos vindo a tona, mas deixemos pra depois hehehehehe) estávamos voltando para campina grande.
Ah! Não disse?
Estávamos em areial em companhia da princesinha de lá heheheh
No carro deu um medinho de capotar e obviamente que eu estava no meio. Porque é muito recomendado que pessoas com pouco mais de 50kg (dois ou tres kg :O) andem sem cinto no meio do banco traseiro. Sim, porque é quase certo alçar vôo carro a fora, caso ocorra algum acidente. Isso é bom né? ehehe
Mas, graças a Deus tudo ocorreu bem.
E graças a Ele lyndinha veio dormir aqui e ela pode me dar um pé de pato (ou de gato?) pra eu pular o muro. Pq já tava sem força pra nada.
Comi torrada, queijo de um reino muito distante e coca.
Aí meu estomago começou a gritar e reclamar. Parei de comer.
Fui dormir no claro com a mente no escuro.

E podem deixar comigo...
Vou pensar duas vezes antes de usar a blusa das formigas novamente kkkkkkkk
vai ver foram elas que sugaram minhas energias né? hehehe
ou o contrário. ;)

Feliz 2008 a todos.
que seja leve.