Dia da Mulher


Queria dar flores a todas a mulheres que conheco, mas tenho que admitir que essa nao eh uma tarefa muito barata!
posso somente redigir esse texto em homenagem aos seres mais evoluidos da especie humana.
Escrevi numa epoca em que toda aquela questao de Maria Madalena, mundialmente veiculada pelo Codigo da Vinci, ainda era um pouco novo e gerava alarde em todo lugar. Entao, se parecer um pouco batido ou ate mesmo cliche, nada posso fazer pq sao meio dia e acabei de me acordar, nao sendo possivel fazer com que qualquer coisa sai da minha cabeca! hehehe
Vamos ao texto.


Parabéns mulheres! É sempre agradável poder prestigiar seres tão especiais como vocês. Hoje estamos comemorando mais um 08 de Março, Dia da Mulher... E sendo este dia o da mulher, nada mais adequado do que a "controversa" figura de Maria Madalena, que tem tudo a ver com o difícil obstáculo que sempre enfrentou a mulher ao longo da história.
Madalena é a mais transparente representação do preconceito ao qual a mulher está ligada. O culpado por isso? Todo mundo sabe né? A Igreja Católica. Evidentemente não estou criticando a fundamentalização cristã da Igreja. Me refiro a radical transformação que o cristianismo sofreu desde seus primórdios até hoje, por meio do Catolicismo (por meio dos homens que a conduziram). E nesta transformação está o papel da mulher em uma sociedade.
A Igreja, através da Bíblia, incumbiu-se de personificar a mulher como "o fruto do pecado" o meio pelo qual o homem (tadinho) era levado irremediavelmente à tentação e à luxuria. Madalena, na Bíblia, figura a prostituta que através da palavra de Deus, é salva. Claro, que essa prostituta trata-se apenas de um personagem que alguém em algum tempo achou conveniente criar. Madalena, uma pessoa tão importante quanto os discipulos e grande disceminadora do cristianismo não poderia entrar na Bíblia com um papel tão importante. Por que? Ora, porque era uma mulher. Por volta do século III da era cristã a religião católica já estava consolidada como uma instituição de preponderancia masculina. Mulheres eram proibidas nas altas e ricas hierarquias da Religião Católica.
É, mas em 1969 (se não me falha a memória), quase 2.000 anos depois, a Igreja assumiu que errou quando disse que Maria Madalena era uma prostituta. Você sabia? É provável que não. A igreja não fez o menor caso de reportar ao mundo esta pequena falha. Por que? Hum... Você já viu alguma papisa? Ou melhor, você já viu uma mulher fazendo parte da poderosa hierarquia católica? Claro que não. A Igreja permanece na mesma, continua machista. É claro que as mudanças quanto ao catolicismo medievo é bem considerável, mas questões básicas como o papel da mulher ainda continuam obscurecidos pelo resplendor do ouro que incadeia o Vaticano.
Ou seja mulheres. Vocês não são vítimas de vocês mesmas. O problema está no pensamento que foi criado ao longo de anos e e que foi tão fortemente construido. A Igreja teve um poderoso papel nisso tudo. E vai demorar um "pouco" mais até que esse pensamento receba o golpe de misericórdia. Mas com essa força inigualável de vocês, mulheres, acredito, não, tenho certeza que em breve teremos uma papisa!


Bom esse foi o texto. Espero que tenham gostado e que Sao Malaquias esteja errado.

Lágrimas de Março



Estive chorando por um tempo
Derramando mares de sal
Água do mar em minhas lágrimas

Lava
Leva
Livra

Há o frescor de vida nova no ar
O cheiro característico dos ventos de outono
O refluxo das águas de março
Lava

Escorrendo por ruas sem calçada
Escoando pelos terraços dos desasossegos
Deixa-se contaminar
Leva

O econtro de águas nas encruzilhadas
Arranca os estigmas dos quatro cantos
Dissolve tudo o que impregna
Livra

Há chuva em minhas ruas
Turbilhões de maus momentos
Tempestades de sofrimento
Derramados no escoadouro tão cristalino do olhar

São meus olhos que choram a dor da alma
Deixam escorrer a água das tempestades
O turbilhão do sofrimento
O oceano das perdas

As lágrimas vêm do mar dos meus medos
Deságuam, vindas dos tortuosos caminhos da minha dor
Fluem na direção da liberdade
E vêm tocar, tão suaves, a brancas praias
do meu amor