O Celeiro




Que existe uma agulha no palheiro
eu sei que existe
Não sei por onde
Se aqui ou por lá

Pode estar bem perto que nem vejo
Ou tão longe que nem enxergo
Talvez aqui na minha mão, e esqueci
Até embaixo do meu pé, nem senti.

Mas o ponto real, aquele central
é que esse celeiro, onde está o palheiro, onde a agulha se esconde, é do tamanho do mundo
E como bem sabemos, o mundo é meio grande
E a agulha, tadinho de mim, meio pequena

E nesse meio a meio
Meio lá, meio cá
Meio certo, meio errado
Estou eu, meio condenado

Uma sentença de morte, digo logo
ainda que não me mate
Isso porque, preciso lhe falar
um é ímpar, mas dois é par.

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