And the Oscar goes to...

A 79ª edição do Oscar foi realizada na noite de ontem, e estendeu mais uma vez o seu tapete vermelho para as estrelas mais brilhantes de Hollywood. O show de moda e glamour que invade o corredor de entrada do evento, como de praxe, foi assinada por grandes grifes francesas como Dior, escolha muito recorrente para os longos vestidos, e Armani, típica assinatura entre os smokigns.
Mas para quem pensou que este seria mais uma típica e fútil premiação, se enganou. O Oscar deu um show de consciencia com mundo fora da telona do cinema. A começar pela escolha de Ellen DeGeneres como anfitriã da noite. Conhecida comediante nos Estados Unidos, é também homossexual assumida. E pra comprovar enfaticamente que não existe essa de preconceito na Academia, a vencedora por Música Original foi "I need to wake up" da intérprete também homossexual Melissa Etheridge. O vencedor de melhor ator foi Forest Withaker, negro.
"I need to wake up", a propósito, foi a música chave do documentário "Uma Verdade Inconveniente", cujo tema são as causas e efeitos do aquecimento global, e protagonizado pelo ex-vice presidente Al Gore que inclusive subiu ao palco para alertar sobre os males que o aquecimento pode causar, mesmo a curto prazo. A preocupação com o meio ambiente foi tanta, que o Oscar deste ano se auto intitulou como "Green Oscar", em referência a necessecidade de preservação das áreas verdes do planeta, preocupação esta ressaltada várias vezes durante a premiação.
Ainda conscientizada com as adversidades dos dias em que vivemos, a Academia entregou o Prêmio Jean Hersholt a ex-presidente da Paramount Pictures, Sherry Lansing que perdeu a mãe para o câncer, e abandonou o empreendimento cinematográfico para entregar-se ao trabalho em prol de crianças que sofrem deste mal.
Mas apesar de toda a comoção da noite, foi impossível deixar de lado o costumeiro frio na barriga que esteve presente não só nos indicados da noite como também em toda a platéia que assistia ansiosa ao espetáculo de entrega do Oscar. Os grandes momentos foram, com certeza, os de entrega do principais prêmios da noite: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz e Melhor Ator.

No páreo de Melhor Filme estavam:

• Babel, filme dirigido por Alejandro González que silmultaniza quatro dramáticas histórias inusitadamente interligadas.
• Os Infiltrados, direção de Martin Scorsese que conta as complicações de um agente da policia inflitrado numa guange de criminosos e de um bandido que se inflitra na corporação de policia. Não era o favorito da noite, mas venceu o Oscar de Melhor Filme.
• Cartas de Iwo Jima, direção de Clint Eastwood que narra a visão dos japoneses da batalha de Iwo Jima.
• A Rainha, dirigido por Stephen Frears relata os dias tempestuosos da rainha Elizabeth II após a morte da princesa Diana em 1997.
• e finalmente Pequena Miss Sunshine, com direção de Jonathan Dayton e Valerie Faris, conta a história de uma família bastante sigunlar.
  

Na Disputa de Melhor Atriz, estavam:

• Helen Mirren, vencedora da noite por sua atuação como a rainha Elizabeth II no filme "A Rainha"
• Meryl Streep, pelo papel de Miranda Presly em o "O Diabo veste Prada"
• Pénelope Cruz, pelo personagem Raimunda do filme "Volver"
• Judi Dench, por Barbara Covett, uma professora solitária de "Notes on a Scandal"
• e Kate Winslet, pela interpretação como Sarah Pierce em "Pecados Íntimos".
  

Já a premiação de Melhor Diretor consagrou uma direção excepcional que vem recebendo certa rejeição da Academia, mas que que esse ano, após cinco indicações , levou a estatueta pra casa:

• Martin Scorsese, pela direção de "Os Inflitrados" foi o vencedor da noite.
• Clint Eastwood, por "Cartas de Iwo Jima"
• Alejandro González, por "Babel"
• Stephen Frear, por "A Rainha"
• e ainda Paul Greengrass, pela direção em "United 93"
  

O premio de Melhor Ator, por outro lado, não estava tão definido e acabou nas mãos de um novato na premiação:

• Forest Whitaker, venceu o Oscar pela atuação em "O Último Rei da Escócia" interpretando o personagem Idi Amin.
• Leonardo Di Caprio, por Danny Archer em "Diamante de Sangue"
• Ryan Gosling, numa primeira indicação pelo papel de Dan Dunne em "Half Nelson"
• Peter O'Toole, um veterano, foi indicado esse ano por Maurice em "Venus"
• e ainda Will Smith, por sua atuação como Chris Gardner em "A procura da felicidade"
  

É, a noite do Oscar teve de tudo...
A comédia de Ellen DeGeneres acalmou os animos e fez o público ir as gargalhadas.
Os dançarinos encantaram o público com a capacidade de fazer o que faziam usando o corpo.
Os vídeos feitos especialmente para a noite, como o que relembrava os grandes ícones do cinema (que agora são estrelas no firmamento) tocou corações.
As atrações musicais agitaram a platéia, e em especial o espetáculo contracenado pelas atrizes/cantoras do filme Dreamgirls que levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Jennifer Hudson e o de Melhor Mixagem de Som.
Celine Dion também deu as caras, interpretando a canção "I knew I loved you", uma das mais famosas de Ennio Morriconi, que recebeu o Oscar de Conjunto da Obra. O compositor de trilhas sonoras já foi indicado cinco vezes e nunca ganhou. Muito emocionado com a premiação agradeceu a Academia e a todos que realmente lhe desejaram a honra daquele Oscar.

E é isso aí, caros leitores, a noite do Oscar não deixou a desejar em nenhum momento. Provou que o cinema é muito mais do que uma mera indústria de filmes. É, além de um veículo cultural, um suporte de denúncias, apelos, glorificações e de resignificações. A 79º premiação provou que a indústria cinematográfica de fantasia nada tem, e que as grandes telas evidenciam a realidade.
Oscar mostrou nesta nova edição que está forte como sempre. Certamente o resplendor das estrelas habitará seus palcos por longos anos, e suas paredes ainda ecoarão centenas de "And the oscar goes to..."

Até mais!

P.S: para conferir todas as indicações e premiações acesse o site oficial do oscar www.oscar.com.