Lágrimas de Março



Estive chorando por um tempo
Derramando mares de sal
Água do mar em minhas lágrimas

Lava
Leva
Livra

Há o frescor de vida nova no ar
O cheiro característico dos ventos de outono
O refluxo das águas de março
Lava

Escorrendo por ruas sem calçada
Escoando pelos terraços dos desasossegos
Deixa-se contaminar
Leva

O econtro de águas nas encruzilhadas
Arranca os estigmas dos quatro cantos
Dissolve tudo o que impregna
Livra

Há chuva em minhas ruas
Turbilhões de maus momentos
Tempestades de sofrimento
Derramados no escoadouro tão cristalino do olhar

São meus olhos que choram a dor da alma
Deixam escorrer a água das tempestades
O turbilhão do sofrimento
O oceano das perdas

As lágrimas vêm do mar dos meus medos
Deságuam, vindas dos tortuosos caminhos da minha dor
Fluem na direção da liberdade
E vêm tocar, tão suaves, a brancas praias
do meu amor





1 comentários:

Unknown disse...

e então, como vai vc, marketeiro?

baahhh gosto dos seus poemas!
mas discordo daquela parte da razao e "bem e mal" principalmente qdo está em jogo dinheiro e fama.

mas pulando esta parte... putz deve ser hilario te ver com "palma do pé sob as nádegas"

pede pra tirarem uma foto na proxima!:P

:***